Crítica por Tiago Vanhala
Filmes baseados em jogos de Vídeo Game não tem tido muita sorte, — ou capricho — mas o lançamento de Uncharted trouxe muitas expectativas para os fãs da franquia. Após alguns adiamentos por conta da pandemia, finalmente o longa chega aos cinemas com a promessa de quebrar o estigma associado a “filmes de jogos”.
Na trama acompanhamos uma versão mais jovem do carismático Nathan Drake, que trabalha em um bar e furta alguns clientes. Após receber um chamado para a ação, Nathan parte em uma jornada aventuresca atrás de um tesouro perdido junto com seu controverso parceiro Victor Sullivan, ao mesmo tempo Nathan rastreia pistas que pode o levar ao misterioso desaparecimento do irmão mais velho.

Com 1 hora e 56 minutos de filme, Uncharted se estende demais para um enredo cujo o principal objetivo é entreter e divertir o espectador. De certa forma o filme alcança sua meta, a dupla protagonista tem uma boa dinâmica juntos, que misturado com uma estável aventura no estilo “Indiana Jones” gera um bom filme de ação, mas que frequentemente nos dá uma sensação de “deja vu”.
A maior dúvida entre os fãs do jogo era se Tom Holland conseguiria interpretar Nathan Drake, em uma versão um pouco mais jovem do personagem. A resposta, felizmente, é sim. Ele está tão carismático como sempre, que nem nos distraí com o fato de ser o mesmo ator que interpretou o Homem-Aranha em um dos maiores filmes de todos os meses apenas alguns meses atrás.
Não tem como não reparar em alguns furos de roteiro ou cenas irreais demais até para uma adaptação, mas nada disso é o suficiente para tirar a atenção do público. Já os fãs do game vão ser recompensados com easter eggs e referências, mas podem se decepcionar se forem ao cinema com muita expectativa. Ainda assim, se é sua primeira experiência com Uncharted, pode apostar que é entretenimento certo!