Por Mell Braga
(ALERTA PEQUENOS SPOILERS)
“Homem-Aranha no Aranhaverso” deve ser colocado em um pedestal. Um dos melhores, se não o melhor filme de super – herói que poderíamos acompanhar, a história do Homem-Aranha se transforma do mesmo jeito que nos mantém presos.
Com uma trama divertida e cheia de novos desafios, o protagonista que nos é apresentado, segue todo o drama que já conhecemos de Peter Parker. Alguém com dificuldade em lidar com seus poderes, que tem grandes problemas em se adaptar ao colégio, um jeito atrapalhado de encarar as coisas e que de toda forma está ali para fazer o bem.
Miles Morales (inspirado em Donald Glover) é um jovem, filho de um policial e que de forma alguma aceita estudar em uma escola que não se “encaixa”.

O garoto traz ao personagem um toque único e recompensador, você vive o que já conhece naturalmente do amigo da vizinhança, mas, a versão trazida em animação nas telonas te faz conhecer novamente aquele herói que a tanto tempo existe, mas que parece ter sido criado a pouco.
Olha só, é aí que entra o ponto chave da história. Somos colocados de frente para sete versões do herói que já existiam a partir das HQ’s:
Miles Morales: Homem – Aranha Ultimate

Piter B. Parker – O Espetácular Homem-Aranha

Gwen Stacy: Mulher – Aranha

Piter Parker: Homem-Aranha Noir

Peni Parker: AR//nh

Peter Porker: Porco Aranha

Miguel O’ Hara: Homem – Aranha 2099

O protagonismo de Morales faz com que toda a história – Por mais que seja envolvedora e te faça sentir a raiva e também a agonia dos heróis em reverter tudo o que o vilão fez – fique mais leve. Leveza? Sim. É intrigante e divertido ver como todas aquelas sensações novas no corpo do garoto o deixa completamente louco e também pronto para assumir as tais responsabilidades.
Citando os momentos mais épicos e até mesmo nostálgicos da trama, podemos começar falando da aparição de Stan Lee. Sempre com suas participações especiais, o quadrinista co-fundador da Marvel Comics deixa sua marca registrada no longa e ainda aquele toque de saudade, com seu humor simplório e original.
Partindo para as referências, em vários pontos do filme conseguimos enxergar os personagens que já passaram pelos cinemas e muito mais.
Tobey Maguire na primeira trilogia : Piter B. Parker joga na nossa cara o quanto aquilo tudo é marcante e nos faz reviver momentos únicos da primeira trilogia de Homem-Aranha.
Seu primeiro beijo com Mary Jane, isso mesmo, aquele que ele fica de ponta cabeça e ela tira só um pouquinho da máscara para beijar o herói, essa cena veio lá do primeiro Homem-Aranha, em 2002.
Isso sem contar quando o aranha salva o trem cheio de gente
(Homem-Aranha 2 – 2004) e na animação ele também demonstra com esse momento épico, como foi uma das vezes que ele “salvou a cidade“, fala muito usada pelo personagem.
Até parece que não iríamos citar o momento mais lembrado de toda a trilogia, a dancinha mais infame que Tobey Maguire poderia nos apresentar e também uma das mais lembradas de todo o cinema, marca única do herói. Para aqueles que acompanham o Aranha a tanto tempo, com certeza vão pegar essas referências.
Tom Holland e suas falas icônicas: O roteiro da animação usufrui bem do Aranha que agora é um Vingador, utilizando falas que mercam o personagem como ” Eu estou bem, só estou descansando”, quando na verdade já está todo acabado de tanto lutar.
Desenho animado: São as pequenas cenas que nos fazem enxergar os maiores detalhes, principalmente as referências ao “Looney Tunes”, mais precisamente ao ilustre Gaguinho. São pontos colocados no Peter Porker, onde se explora muito bem o uso de bigornas, marretas e a fala “Isso é tudo pessoal”, o que faz com que ele seja diretamente ligado ao personagem do desenho animado.
Versões de Homem-Aranha: Sem dúvida as várias versões do herói é uma tremenda referência. O filme homenageia todos os fãs do aranha, somente pelo fato de apresentar personagens tão clássicos, a história lida com a admiração de forma respeitosa e nostálgica para àqueles que fazem parte do mundo das HQ’s.

Uniformes: Se reparar bem, na cena onde todos os heróis vão até o porão de Tia May, nos são mostrados diversos uniformes, estes nos quais foram utilizados pelo herói no decorrer dos anos, em quadrinhos, filmes e até mesmo Games. Os que mais ficam evidentes são o que Tom Holland usa em “Vingadores: Guerra Inifinta” e um que tem uma capa, esse veio de um dos quadrinhos.

Alchemax: Não, não estamos mais falando da Oscorp, mas sim da Alchemax, a empresa que faz testes genéticos mas que tem maior foco nos quadrinhos, sua primeira aparição foi em Homem-Aranha 2099, edição nº 1.

Poxa, nenhum defeito. O longa realmente é incrível, uma animação diferente daquelas já vistas e também esperadas. O cenário traz todo o design de uma HQ, observa-se nos balões de pensamento, nas reações de cada personagem, como nos são demonstradas e até mesmo o modo no qual o filme foi desenhado.
Como já destacado, boa parte do elenco partiu dos quadrinhos, mas para quem não sabe, a fisionomia de algum deles é um pouco diferente daquelas que estão nas HQ’s. Independente disso, a ênfase que dão aos quadrinistas é muito grande, pois trata-se de uma só história – A mordida da aranha – abordada de formas distintas inseridas em sete personalidades completamente opostas, mas que de algum jeito se ligam.
Ainda nos Easter Eggs (Referências), não poderíamos esquecer dos vilões. São colocados na trama seis vilões muito bem conhecidos pelos quadrinhos e também por algumas produções que já vieram até nós como filme ou série.
Rei do Crime

Escorpião e Lápide

Duende Verde

Gatuno

Olivia Octavius

A trilha sonora é bem inovadora relacionando-se a história e como é colocada na vida do protagonista. “Como você faz para relaxar?”, sim, isso acontece com uma única música, (Sunflower – Post Malone, Swae lee) a mesma que da abertura ao longa e destaca ainda mais Miles Morales.
Cores, resolução, uniformes e trejeitos, são mais pontos que se destacam na animação.
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